Monárquicos minhotos hastearam hoje em Guimarães a bandeira da monarquia constitucional assinalando o primeiro dia da Restauração da Independência sem feriado, pretendendo restaurar o feriado de 1 de Dezembro e torná-lo Dia de Portugal.
Alvorada de Domingo. Nas ruas da Cidade Berço poucas são as pessoa com que nos cruzamos. O burgo está quedo e silencioso, o clima convida a ficar em casa. Nas ruas desertas, o vento fustiga-nos a face e só o cachecol permite alguma proteção. Se o corpo padece do frio, a alma fervilha de emoções. Brota da alma um sentimento de ingratidão para com esta república. Como se tudo fosse garantido anula-se o Feriado comemorativo da Restauração da Independência. Pobre país que da sua ilustre História apaga os marcos mais importantes, praxis contínua desde a primeira República que nos compêndios da história continuamente adultera um passado de que os mais jovens não se podem orgulhar.
Deixamos de ser o Reino Unido de Portugal, para passarmos a ser um "protectorado" da Troika na Europa.
Os três Conjurados no Largo da Oliveira em Guimarães, num cenário carregado de história, também eles com um gesto determinado querem relembrar a data.
O objectivo foi conseguido. A alma rejubila, o físico deixa o torpor do frio e comemora-se. Ninguém foi defenestrado.
A praça fica emblematicamente mais bela preenchida por sentimentos genuínos de orgulho e gratidão para com os quarenta Conjurados e o heróico acto de há 373 anos.
De Guimarães para o Reino Unido de Portugal eleva-se no mastro um símbolo que pretende trazer esperança para o futuro e orgulho do passado.
Viva Portugal!
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