Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

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domingo, 9 de dezembro de 2012

Plano e Orçamento para 2013 aprovados com críticas da oposição


A Assembleia Municipal de Braga aprovou ontem, com os votos da maioria do PS e dos Independentes, e com a abstenção de cinco deputados do PSD, o Plano e Orçamento para 2013 e anexos da Proposta de Reorganização dos Serviços Municipais e do Mapa de Pessoal da Câmara.
Os documentos, enaltecidos, como não podia deixar de ser, pelo Partido Socialista, foram alvo de críticas por parte de todos os partidos da oposição, alguns dos quais aproveitaram para traçar um balanço da gestão de Mesquita Machado.
Pelo PPM, Manuel Beninger também acusou o executivo de elaborar um plano e orçamento para 2013 recorrendo ao “copy/past”, dando mesmo exemplos concretos de informações que se repetem de 2012 para 2013, ao cêntimo. Para o deputado do PPM, as opções do plano e orçamento para 2013 são «um vazio de ideias para o concelho», destacando mesmo o setor da Cultura e o das atividades económicas, considerando-os os «parentes pobres da política autárquica». Manuel Beninger defendeu, entre os vários reparos que fez, uma verdadeira aposta no turismo religioso, que, na sua opinião, deveria estar plasmada no plano e orçamento de 2013.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Assembleia Municipal - Plenário: Opções do Plano e orçamento para 2013


A primeira experiência de Orçamento Participativo surgiu no Brasil, em 1989, na cidade de Porto Alegre. Actualmente, já existem várias experiências no mundo: um pouco por toda a América Latina e também na Europa.
Em Portugal, alguns municípios iniciaram na última década este processo. Um dos pioneiros foi Palmela, seguindo-se outros como Lisboa ou São Brás de Alportel.
Um Orçamento Participativo é um instrumento inovador de democracia participativa, que tem por base a participação activa dos cidadãos.
O PPM defende e sempre defendeu que a elaboração anual do Orçamento Municipal, em vez de ser uma tarefa reservada aos órgãos da autarquia, deveria ser partilhada pelo executivo municipal com todos os cidadãos, convidados a contribuir na definição dos investimentos e das prioridades para o seu município.
Com a participação de todos, a gestão dos recursos da autarquia poderia certamente ser feita de forma mais ajustada às necessidades da população.
O PPM não pretende com isto diminuir a responsabilidade dos órgãos políticos, eleitos de forma democrática, mas sim, permitir que todas as pessoas se possam pronunciar sobre os investimentos que consideram prioritários para o seu concelho.
Esta seria mais uma iniciativa de Cidadania activa, à semelhança do que o PPM defendeu numa anterior Assembleia Municipal, com a Recomendação Presidente por um dia. Seriam iniciativas como estas que apelariam à participação directa dos cidadãos e visariam a contribuição dos munícipes na idealização de propostas para uma melhoria da qualidade de vida das populações.
Relativamente às Opções do Plano e Orçamento para 2013, que lemos com muita atenção, não sabendo se o mesmo mereceu deste executivo municipal a mesma afabilidade, pois deparamo-nos, sempre e à semelhança de anos anteriores, com o uso abusivo da aplicação do “Copy/Paste”,
Vamos aos exemplos: ANEXO IV - ORÇAMENTO DA DESPESA POR CLASSIFICAÇÃO ECONÓMICA/ORGÂNICA; aparece, como título na sua primeira página ORÇAMENTO DAS DESPESAS PARA 2012. Sim 2012. São estes erros formais que nos transmitem a importância da exactidão da informação que querem transmitir aos utilizadores. Mas a falta de rigor não se fica só por aqui, se não vejamos:
- A previsão de receita para a participação variável no IRS é exactamente igual à prevista ao ano de 2012, e se a compararmos, é igual ao cêntimo, sendo assim bem notória a forma leviana como são elaborados documentos desta importância por esta maioria;
- Todos temos conhecimento das profundas alterações em sede de IMI, com graves impactos para os contribuintes, e em alguns casos, com aumentos muitos significativos, mas a receita prevista neste orçamento é de 26 milhões euros.
Esta previsão é feita com que base? Recorreu o Município à Direcção dos Serviços do Imposto Municipal sobre Imóveis para obter informação correcta e aferir o real impacto em termos orçamentais? Certamente que não, caso o tivessem feito não seria esta a previsão de receita para 2013;
- Como foi estimada a previsão de despesa com pessoal para 2013? Não conseguimos perceber a coerência desta previsão, pois se analisarmos a dinâmica desta rubrica, constatamos que para 2012, com a retirada de dois subsídios, essa despesa estima-se numa diminuição de cerca de 2 milhões de euros face a 2011, mas com a reposição de um dos subsídios, em 2013, essa despesa estima-se num aumento de 2 milhões de euros. Algo está mal aqui, ou a previsão para diminuição de despesa em 2012 foi optimista, ou a previsão para o aumento de despesa em 2013 é pessimista. Em que ficamos? Talvez nem uma coisa nem outra, mas é com certeza falta de rigor. É sempre mas mais do mesmo;
- Se existisse rigor na elaboração deste documento, documento que é um instrumento de extrema importância para a gestão do município, não seriamos confrontados no Orçamento das despesas para 2013 (ver Página 2 do Anexo IV), nas rubricas de outros bens e outros serviços, com valores materialmente relevantes, mas que, e como todos bem sabem, são contas que normalmente tem valores residuais, e estranhamente não é o que se verifica.
Então vejamos: rubrica “0201 – Aquisição de bens”, o valor total do somatório desta rubrica é de 2.521.000,00 euros, mas só a rubrica “020121 – outros bens” é apresentado um valor de 2.500.000,00 euros ou seja, 99% da despesa prevista não é identificável para o leitor deste documento. Poderão os senhores informar esta Assembleia que despesas estão previstas para essa rubrica? 99% da despesa prevista não é identificável??? O PPM não pede muito, só pedimos rigor e transparência na elaboração e controlo destes instrumentos de gestão.
Quanto à perspectiva política dos documentos, ficamos surpreendidos com a falta de criatividade, a tal que era apanágio deste executivo, onde eram elencadas nos orçamentos para o último ano de mandato, um conjunto de promessas que quase nunca eram concretizadas, digamos que nos habituaram a grandes compromissos criativos mas sem grandes resultados práticos.
Analisando as opções do plano e orçamento para 2013 é um vazio de ideias para o concelho, continuam a ver a Cultura, e as actividades económicas com os mesmos olhos de sempre, ou seja, como parentes pobres da política autárquica.
Qual a politica para o turismo para o concelho de Braga? Após uma leitura muito atenta nada vemos. Onde está a política para afirmar o turismo religioso? Turismo esse que se constitui uma prática religiosa, cultural, social e económica há vários séculos em diferentes partes do mundo. No caso de Braga, temos no turismo religioso, enquanto actividade cultural, um valor económico assinalável, um serviço diferenciador que enquadra uma parte significativa da competitividade económica e que resulta do património imaterial e construído, de inegável valor, que o concelho possui e que a sua história revela. Podemos afirmar que existindo vontade política numa fase inicial para potenciar este serviço, o mesmo será auto-sustentável num curto prazo e poderá traduzir-se num eficiente meio para garantir o desenvolvimento do comércio de rua dando um contributo inestimável para a sustentabilidade social. Gostaria o PPM de ver vertido no plano de actividades para 2013, uma forte preocupação na divulgação e no desenvolvimento de actividades associadas ao património religioso em parcerias com as instituições religiosas com o objectivo de promover a cooperação na acção de valorização dos monumentos e das manifestações religiosas. Seria uma forma de enriquecer o calendário de eventos dirigidos ao turismo centrado na vertente cultural e religiosa, catapultando a cidade e o concelho na rota dos destinos nacionais e europeus.
Qual a politica Cultural para o concelho de Braga? Continuamos a constatar o total desinteresse e desinvestimento na Cultura, em sentido inverso do que devia importar: intervir em grandes realizações culturais, mobilizadoras das populações e geradoras de dinamismos socioeconómicos. A cultura deverá contribuir para a consolidação da identidade de Braga, enquanto pólo de centralidade de uma região apta a participar no concerto local, nacional e internacional, com a marca da sua diferença e a qualidade da sua expressão cultural. É triste dizê-lo e reconhece-lo, mas temos dois concelhos vizinhos, Vila Nova de Famalicão e Guimarães, que se afirmam culturalmente. E nós? Para quando uma verdadeira politica cultural? Se analisarmos o Orçamento é mais do mesmo, do PPI para 2013 resulta num decréscimo de investimento de cerca de 36%. O que têm a dizer a esta Assembleia sobre política cultural?
Qual a politica de juventude para o concelho de Braga? É bem verdade que tivemos uma oportunidade de ouro para dinamizar a politica de juventude do concelho, mas faltou a este executivo capacidade para liderar tal projecto. Não importa ter muito dinheiro para gastar quando não existe uma estratégia definida, e a CEJ2012 foi como colar sementes em terra estéril. A aposta nos jovens é abrir a novas mentalidades, numa maior energia, a partir das quais se poderão conquistar outros e novos caminhos de desenvolvimento para o nosso concelho. Os jovens têm hoje um papel em crescendo no despontar da consciência crítica e solidária e é precisamente essa solidariedade que marca, de forma inquestionável, esta geração, onde o respeito pelo próximo, a afirmação enquanto indivíduos e a vontade exacerbada de conquistar e desenvolver o mundo, sem nunca pôr em causa os mais elementares valores de cidadania, os podem conduzir a feitos brilhantes, que qualquer sociedade atenta e moderna deve aproveitar e, sobretudo, incentivar. Se anteriormente os jovens eram considerados o garante do amanhã, hoje, imperiosamente, os jovens são o garante do Presente. Para quando uma verdadeira politica de juventude? Se analisarmos o Orçamento é mais do mesmo.
Gostaria o PPM de ver neste plano de actividades uma reorientação do orçamento municipal para a cooperação com as universidades, de ver uma maior proximidade e convergência de políticas e estratégias entre o município e os meios académicos, sempre com o objectivo de fomentar parcerias de modo a incentivar jovens investigadores ou empreendedores através da criação de sociedades, constituídas em empresas inovadoras, repartindo riscos e estimulando a criação de produto em cuja participação económica caberá, igualmente, ao Município o respectivo dividendo, designadamente, pelo desenvolvimento de produtos, patentes e outros direitos. Cabe ao município um papel central no alinhamento de prioridades quer de investimento quer de modulação da estratégia para o desenvolvimento, sobretudo nas actuais circunstâncias de crise económica que a Europa e Portugal atravessam e cujas respostas, de nível internacional e nacional, tardam muito em chegar ou, como podemos verificar, apenas carregam austeridade para a população, sem que se vislumbrem políticas que favoreçam o crescimento e combatam o desemprego. Para quando este papel central do município? Se analisarmos o Orçamento é mais do mesmo.
Onde está a diplomacia económica do município? Falou-se muito na comunicação social do “BragaCongress.Com”; onde está, qual o trabalho realizado? Seria importante o Município desenvolver instrumentos e condições para a facilitação e credibilização de toda a informação relevante com vista à captação de investimento, para a construção de parcerias estratégicas que acrescentem valor e ajudem a criar produto, e, com a criação de produto, permitir aos jovens continuar a investigar, articulando a investigação com o mercado de trabalho. Pesamos no PPM que se a iniciativa tivesse sido alicerçada numa estrutura conceptual capaz, estas iniciativas poderiam dar frutos, mas não vislumbramos infelizmente capacidade à empresa municipal PEB. É a diplomacia económica a arma de vantagem para o Município, é urgente e importante fomentar relações internacionais, designadamente aquelas que permitam estabelecer parcerias com cidades e empresas de modo a promover a internacionalização das pequenas e médias empresas com sede no concelho, articulando investimentos cruzados e disponibilizando informação credível sobre condições para o investimento local. Para quando este papel central do município? Se analisarmos o Orçamento é mais do mesmo.
O documento na pág. 7 afirma o seguinte, e passo a citar “constatando-se a existência de um Superavit Corrente de 23,8 milhões de euros, resultante da supremacia das Receitas Correntes em relação às despesas da mesma natureza, que financiará as Despesas de Capital em igual montante”.
Um executivo que se diz socialista, prevendo um Superavit corrente de 23,8 milhões de euros, não deveria equacionar, numa conjuntura económica e social tão grave, em que se verifica o empobrecimento forçado da maior parte da população, utilizar o instrumento de diferenciação fiscal de que dispõe, abdicando de 0,50% das receitas do IRS?
Um executivo que se diz socialista, prevendo um Superavit corrente de 23,8 milhões de euros, não deveria aceitar a proposta do PPM para que o IMI para os prédios avaliados fosse reduzido para 0,35 em 2013?
Senhores membros do executivo municipal: no mesmo documento, ou seja no PPI, prevêem um investimento de 506.000,00 euros, a realizar em 2013, para a aquisição de equipamento informático. De que se trata? No capítulo, sistemas de informação no plano de actividades para 2013, nada refere de relevante para tal investimento, e mais não é do que o dobro do montante previsto no ano anterior. Esperamos que não venham dizer que é para as escolas, porque segundo o PPI é para os Serviços Gerais da Administração Publica.
Senhores membros do executivo municipal: ainda no mesmo documento referem a previsão de despesa de 270.000,00 euros para, e pasmem-se, “Obra de Requalificação de Superfície do Largo da Senhora-a-Branca”. Então, essa obra não está terminada? O mesmo se passa com “Obra de requalificação de Superfície do campo das hortas e Rua Andrade Corvo”. Essa obra também já não está terminada?
Tudo cresce em favor deste município. As transferências da Administração Central crescem 5,65%, crescem as transferências correntes e as de capital, crescem as receitas de IMI, só não cresce a vontade deste executivo em aliviar os bolsos dos contribuintes bracarenses. Onde está o vosso socialismo?
Escutamos muitas vezes o Senhor Presidente do executivo dizer que só foi possível o desenvolvimento do concelho com a ajuda dos autarcas das freguesias, que as freguesias com pouco fazem muito, mas mais uma vez, e a à semelhança do ano anterior, a autarquia impõem um decréscimo nas transferências de capital para as freguesias de 5,4% em 2013, quando, no ano anterior, as mesmas já tinham sido fustigadas com um decréscimo de 3%.
Porque o PPM reconhece a importância das freguesias nas políticas de proximidade e porque o ano de 2013 será um ano muito difícil em termos carências sociais, Perguntamos aos membros do executivo o porquê deste decréscimo? Não digam a esta Assembleia que é consequência da diminuição das transferências da administração central, a da diminuição das receitas correntes, pois este documento, que por Vossas Excelências é apresentado, desmente essa tese.
É caso para dizer que “há uma linha que separa o que diz o Senhor Presidente do Executivo socialista e a pratica deste executivo”. “Bem prega Frei Tomás, olhem para o que ele diz e não para o que ele faz”.
No dia 27 de Novembro de 2012, o Sr. vereador Hugo Pires anunciou à Rádio Universitária do Minho que a Casa das Convertidas será o destino mais provável para a nova pousada da juventude. O mesmo vereador informou que o Sr. Presidente da Câmara já teria estabelecido contactos junto da Administração Central nesse sentido. O PPM sempre afirmou que a pousada da juventude deveria ficar situada no centro da cidade, sendo essa a única localização a fazer sentido, mas, como é hábito neste executivo municipal, este executivo desvaloriza sempre as opiniões da oposição, optando por mais tarde as concretizar. Com a análise do documento que hoje aqui discutimos a confusão instalou-se, pois percebeu-se, o que para nós já não é novidade, que o executivo socialista, nomeadamente o Sr. Vereador Hugo Pires, muda de opinião em função do que lhe sopra ao ouvido, pois temos no PPI para 2013, que prevê uma despesa de 2,5 milhões de euros para a pousada da juventude no Convento de S. Francisco, e temos o Sr. Vereador em afirmações a uma rádio dizendo que a Casa das Convertidas é o destino mais provável para essa mesma Pousada. Então em que ficamos Sr. Vereador? Comunique a esta Assembleia onde se situará a nova Pousada da Juventude.

Manuel Beninger
Grupo municipal do PPM

domingo, 28 de novembro de 2010

Jornal Correio do Minho: Socialistas viabilizam Plano e Orçamento

Jornal “Correio do Minho” de 28 de Novembro de 2010


A maioria socialista e o grupo de independentes na Assembleia Municipal de Braga viabilizaram o Orçamento e as Opções do Plano da câmara municipal para 2011. A oposição, em bloco, teceu duras críticas aos documentos. A nota dissonante foram alguns deputados do PSD, que se abstiveram ou votaram favoravelmente.

O deputado municipal Humberto Barbosa, do PSD, considerou que “com este plano de actividades, Braga vai ficar em ponto morto” e lembrou os dez princípios que os vereadores da Coligação ‘Juntos por Braga’ apresentaram como contributos e que não foram tidos em linha de conta pelo executivo socialista.

Dura nos críticas foi também o PPM, que apresentou algumas propostas que gostava de ver incluídas nos documentos e que visavam as áreas da cultura e juventude, da mobilidade, área social e empreendedorismo.

Não concedendo “qualquer benefício de dúvida a um plano que se limita a repetir intenções sucessivamente repetidas”, os deputados do PPM votaram contra o Plano e Orçamento.

O CDS-PP também votou contra, com o deputado Humberto Lobo Borges a afirmar que “Braga precisa de um Orçamento que responda às necessidades das pessoas e deixe de lado as obras de fachada”.

Como tem sido seu timbre, a CDU também chumbou o Plano e Orçamento. O deputado Carlos Almeida sustentou que “este orçamento para 2011 representa o que de pior se pode fazer: redução significativa das receitas, sem que se tenha reduzido a carga fiscal aos bracarenses e redução das despesas de capital; e aumento das despesas correntes”.

O Bloco de Esquerda fez depender o seu voto final da resposta do presidente da autarquia às propostas concretas que os bloquistas lhe apresentaram. Essas propostas, que António Lima lembrou ao plenário, foram várias e iam desde a transferência da Feira do Livro para o centro da cidade até à criação de um passe social dos TUB para os desempregados, passando pela aplicação de uma taxa de ocupação de domínio público às caixas multibanco.

O presidente não se pronunciou e os deputados do BE votaram contra o Plano e Orçamento para 2011.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Assembleia Municipal - Plenário: Plano e Orçamento para 2011



ORDEM DE TRABALHOS


Ponto nº 2: OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO PARA 2011.


O Plano e Orçamento da Câmara Municipal de Braga para 2011 é mais do mesmo!!! É, tal como vem sendo dito pela Coligação Juntos por Braga, pobre e sem rigor, repetitivo já que inscreve obras e projectos de anos anteriores, falho de imaginação económica, social e cultural, e, pior do que isso, quase se limita a uma lógica de pagamento de dívidas contraídas em ano eleitoral e cuja premência apenas era justificada pelo medo que o PS tinha de perder as eleições de 2009.

Daí que, antes do mais, diremos que o PPM vota contra, não por bota abaixismo mas porque, na verdade, estes documentos não servem os interesses da cidade e dos seus habitantes!!!.

Acresce que, este orçamento, que deveria traduzir uma lógica de rigor e uma ruptura com as práticas de anos anteriores, começa por apresentar uma previsão de descida de receita de 7,6 por cento face ao ano de 2010, o que se traduz num forte decréscimo do investimento municipal.

Por outro lado, constata-se que a “parceria público-privada”, constituída pelo município para a construção e conservação de 12 campos de futebol e dois pavilhões – a tal parceria eleitoralista - é a grande responsável pelo desequilíbrio do orçamento.

Tal significa, pois, que, em época de crise, a Câmara Municipal de Braga vai receber menos, mas pagar muito mais pela “aquisição de serviços”, mais cinco milhões de euros, a maioria dos quais para liquidar as rendas e conservação dos equipamentos construídos pelo Grupo Arlindo.

Ou seja: o orçamento global encolhe para 100 milhões, com sacrifício do investimento directo, menos 30 por cento, ao contrário do que sucede com a despesa corrente que cresce 7,7 por cento, em resultado da “parceria pré-eleitoral”.

Em 2011, a poupança irá ficar 8,6 milhões de euros abaixo da de 2010, o que corresponde a uma quebra de 25 por cento.

Estes números, a que acresce a dívida global do Município, levam, pois, o PPM a dizer que longe vão os tempos em que o autarca Mesquita Machado se gabava de ser um mestre na poupança e na gestão dos dinheiros municipais.

Agora, pode dizer-se, sem rebuço, e salvaguardando as devidas diferenças que, entre o Sócrates despesista e enganador e o presidente Mesquita Machado eleitoralista, a diferença é pouca!!!

Quanto ao Plano de Actividades, se é certo que inclui apontamentos positivos como o investimento previsto no parque escolar, na reabilitação urbana e em promessas velhas e relhas como a reabilitação do parque da Ponte, da zona dos Galos e do Monte Picoto, ele é parco na área económica, no apoio às empresas e ao empreendedorismo, na área cultural, com a mesma falta de arrojo de sempre, e na área social onde se esquecem problemas prementes ligadas ao aumento do desemprego e da pobreza.

O Plano é, ainda, curto no que toca à área da Juventude e, em particular, no que se refere à Capital Europeia da Juventude, uma conquista a que há que dar seguimento, com coragem, criatividade, algo que se não vê nem neste Plano nem na actividade camarária.

Votámos, pois, contra! Mas não nos ficaremos pela crítica, já que apresentámos, aqui e agora, desafiando a maioria socialista a não as mandar para canto - como é costume com tudo o que vem da oposição -, algumas propostas concretas para inclusão no Plano de Actividades de 2011.


1ª Proposta – Área da Cultura e Juventude

a) Tendo em atenção que falta mais de um ano para que Braga seja Capital Europeia da Juventude, em 2012, o PPM propõe o início de negociações com a Fundação Cidade de Guimarães com vista ao estabelecimento de parcerias entre as duas cidades, já que a chamada «cidade-berço», terra de D. Afonso Henriques, será Capital Europeia da Cultura.

b) O PPM propõe, ainda, que o ano da Capital Europeia da Juventude seja classificado com o conceito de «cidade 24 horas» em termos culturais e recreativos, uma cidade de eventos e espectáculos «non stop», sobretudo aos fins de semana e no verão.

Para tal, deverão ser chamados a participar na discussão do conceito e na sua aplicação prática, os representantes de associações de juventude, culturais e científicas, e os empresários das áreas da cultura, da música, da moda, do design, da dança, etc., bem como os chamados empresários da animação nocturna, sobretudo de bares e discotecas.

A este projeto deverão, ainda, ser chamados o Ministério da Cultura e a Secretaria de Estado da juventude, e é preciso que, quanto a esta última, se acabe com o visível e lamentável alheamento do Secretário de Estado Laurentino Dias em relação ao projeto.


2.ª Proposta – ÁREA DA MOBILIDADE

a) A realização das duas capitais europeias no Minho levanta, com particular acuidade, o problema da mobilidade entre as duas cidades. Nesse sentido, o PPM propõe que se dê início aos estudos de viabilidade económica e financeira de construção de uma rede de metro de superfície entre Braga e Guimarães e que, pode posteriormente, ser alargado à ligação a Barcelos e Famalicão.

Para tal, a Câmara deverá solicitar, de forma activa, ao Governo o arranque do respectivo processo.

b) Para que a mobilidade entre as duas urbes seja facilitada e com as consequentes vantagens para o turismo e o comércio, o PPM propõe que a Câmara Municipal de Braga, se possível em parceria com a de Guimarães, peça à concessionária da Auto-estrada que liga as duas urbes, a AENOR, que sejam concedidos descontos de 20 por cento durante 2012, no preço das portagens dos automobilistas que, aos fins de semana, nela circulam no referido trajecto.


3 ª Proposta – ÁREA SOCIAL

a) Tendo em atenção o previsível aumento das dificuldades das famílias bracarenses, na sequência da crise económica e financeira do país, o PPM propõe que a Câmara Municipal de Braga inclua uma verba mínima de 70 mil euros no Orçamento para apoio a instituições como a Caritas, a Cruz Vermelha Portuguesa local e outras, caso venham a experimentar problemas de tesouraria, como parece poder vir a suceder em 2011.

b) Nesta área, propomos, ainda, que a Rede Social de Braga ponha em ação um Plano de Acompanhamento da População Sem Abrigo, já que o seu número está a aumentar devido aos cortes no Rendimento Social de Inserção, muitos deles cegos, isto porque a Segurança Social os retira mesmo a pessoas que não têm qualquer outro rendimento.

Importa, ainda, recordar que o crescimento da população sem abrigo, pode resultar num aumento da pequena criminalidade com os inerentes prejuízos para os bracarenses.


4. ª Proposta – EMPREENDEDORISMO

a) A saída da crise passa, todos o dizem, pelas empresas e pelo empreendedorismo. Em Braga, a criação de empresas por jovens, nomeadamente na área das Novas Tecnologias é uma das imagens de marca da cidade. Assim sendo, o PPM propõe a criação, já em 2011, de um prémio para jovens empreendedores, no valor pecuniário de 10 mil euros, que distinga as melhores empresas criadas por jovens no concelho nos últimos três anos. A operacionalização do prémio deverá ser feita com o gabinete de Apoio ao Empreendedorismo recentemente criado pela Associação Académica da Universidade do Minho e pelas associações, Industrial do Minho e Comercial de Braga.

b) Numa dupla óptica de apoio social e de apoio ao empreendedorismo, o PPM propõe, ainda, a criação no concelho de uma Empresa de Inserção Social pensada para que pessoas desempregadas possam criar o seu próprio negócio. Tal empresa pode ser montada em instalações municipais, caso do Parque de Exposições ou outro, e ter apoio técnico de juristas, especialistas em direito de trabalho, gestão, contabilidade e marketing da própria autarquia. Esta Empresa – recordamos – pode ter apoios do Instituto de Formação Profissional, IEFP.

Assim, não concedendo qualquer benefício de dúvida a um Plano que se limita a repetir intenções sucessivamente repetidas, votamos contra este Plano e Orçamento, esperamos no entanto, no período de um ano, avaliar as concretizações que Vossas Excelências apresentam.


Manuel Beninger

Grupo Municipal do P.P.M. na Assembleia Municipal de Braga

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Assembleia Municipal - Plenário: Plano e Orçamento

ORDEM DE TRABALHO
PONTO Nº 2 - Plano e Orçamento da Câmara Municipal de Braga para o ano de 2009


Como sempre o dissemos, e voltamos a reafirmar, o Plano de Actividades deve anunciar iniciativas realizáveis no exercício orçamental que se lhe segue, dando prioridade à resolução dos problemas que afectem o maior número de concidadãos.
É, mais uma vez, tão cândido o Plano apresentado que qualquer força crédula nas virtualidades da edilidade o poderia subscrever. As opções nele relatadas são um acervo de lugares comuns, de promessas douradas que qualquer cidadão gostaria de ter para qualquer cidade de Portugal ou de outro país.
Após um estudo aprofundado sobre o Plano apresentado pela Autarquia a esta Câmara, o mesmo nos apraz dizer:
Pintaram e repintaram a dama para ela se parecer formosa no dia do casamento, esquecendo-se de que de bela já só tinha pouco.
De facto, este Plano é um Plano sem inovação, sem ideias novas, sem alma, sem novidade e sem criatividade, que se limita a copiar quase tudo como que de fotocópia de fotocópia se tratasse de Planos anteriores.
Ou seja, nada de novo nos é aqui com entusiasmo apresentado, não existe um objectivo claro, não passando de conceitos muito vagos.
Veja-se o caso do Rio Este, que desagua de Plano em Plano sem resolução à vista.
Parece que vai ser em 2008.
Mas poderemos dizer mais:
Continuam a não apostar nas esculturas como meio de embelezamento das áreas urbanas, nos parques e novas zonas pedonais, ou seja, não está previsto nenhum embelezamento dos espaços a nível escultural.
O PPM veio nesta Câmara propor para que a Câmara Municipal de Braga cabimentasse no orçamento algum enriquecimento monumental, dotando a cidade e os parques existentes de estatuária de qualidade. Resposta à nossa solicitação? Ouvidos de mercador.
A nível de espaços verdes e jardins não há nenhum projecto arrojado neste Plano que a edilidade aqui propõem.
Para os Espaços Verdes e Jardins, mencionados na pag. 21 do respectivo Plano, estão referidas tão somente pequenas cosméticas e pouco mais que, segundo o texto, “plantações de árvores e arbustos em toda a área do municipio”. Muito pouco, ou seja, continuamos a não ter uma proposta para um jardim de raiz.
O PPM tentou este ano nesta Câmara, sensibilizar a CMB para a construção de um jardim com as características similares ao da Rua de Díu. Resposta à nossa solicitação? Ouvidos de mercador.
Quanto ao Parque da Ponte, esperamos que seja desta.
De facto parece que vai ser tudo em 2008.
Para o dia Mundial da Floresta, 21 de Março, o que vem proposto é tão somente distribuir arvores e arbustos à população. Fotocópia do que tem vindo a ser feito nos últimos anos. Seria contudo interessante integrarem como actividade paralela a esta a sensibilização à população para a necessidade de limpeza das matas para evitar os incêndios que tantas vezes assolam o nosso concelho.
Sobre o Parque Norte, que vem especificado no Plano, só relembramos que o Euro foi em 2004. Ou seja, caminhamos para os 4 anos da comemoração do evento, e os jardins do Parque Norte, nada. Esperamos, mais uma vez, que seja o próximo ano aquele que irá trazer, de facto, o famingerado jardim à cidade, ou como diz o texto, que esteja o jardim “para receber bem a população” pronto. Até lá, só por um canudo.
De facto parece que vai ser tudo em 2008.
Em relação aos deficientes, está dita muita coisa, mas o que se pode ver nesta cidade, muito mais se poderia ter feito, esperando que efectivamente o próximo ano seja o ano da mudança.
De facto parece que vai ser tudo em 2008.
2007 foi o Ano Internacional da Igualdade de Oportunidades, onde a Câmara Municipal de Braga poderia ter feito um brilharete. Como exemplo basta pensar nos tuneis e nas conhecidas pontes pedonais da Av. da Liberdade e da Rodovia, para percebermos que qualquer deficiente motor tem bastantes dificuldades em ultrapassar estes obstáculos.
Pensar que os deficientes ficam servidos com passagens superiores e inferiores sobre auto-estradas citadinas, é castrante. Nesta matéria, a Câmara Municipal de Braga deveria repensar, por exemplo, na política dos passeios. É que os deficientes motores muitas vezes são confrontados com variadissima sinalétiva vertical, de tal modo que lhes é vedado o andar sobre os mesmos passeios.
Neste Plano, sobre o Turismo, só e apenas 2 páginas. Nada do que foi aqui apresentado nos choca, mas achamos que é bastante redutor e pouco arrojado, para a cidade que queremos ser e queremos ter.
Poderia a CMB apostar nas novas tecnologias, e criar por exemplo, um serviço de guia turístico virtual, um aparelho em várias linguas, onde os turistas poderiam alugar o tal aparelho pelo período de visita à cidade. Seria de todo interessante para a municipio.
Sobre o problema dos arrumadores de carros que abundam na nossa cidade, nem uma palavra neste Plano para 2008.
Procuramos nas rúbricas Acção Social, nada. Na rúbrica Saúde, nada. Tentamos na rúbrica Ambiente, também nada. Na rúbrica Polícia Municipal, o resultado foi o mesmo, nada.
O PPM propôs a esta Assembleia Municipal que o municipio camarário efectuasse um levantamento das zonas onde os arrumadores actuam, e também de saber o seu universo, com vista a um encaminhamento social futuro, implementando as estratégias e parcerias adquadas para a resolução deste grave problema social.
Resposta à nossa solicitação? Ouvidos de mercador.
Ficamos sem saber se a Câmara irá solicitar a força policial para acabar com os arrumadores de carros, como defendido pela bancada do partido socialista, ou se irá tapar os olhos com a peneira e deixar que este problema tome dimensões maiores.
De facto, parece que vai ser tudo em 2008.

Senhor Presidente,
Senhores Deputados
Senhoras e senhores:

Nada de novo, nada de substancial se alterou desde o ano passado. Como tal, para os menos atentos à nossa intervenção, sugerimos que no lugar 2008, coloquem ano de 2009. Nem mais. Assim, a nossa intervenção do ano passado continuará actual.
O PPM tem vindo, ao longo deste mandato, a manifestar uma preocupação com a forma que este executivo vê, pensa e projecta esta nossa cidade. Desejávamos, um presidente da Câmara que tivesse uma visão de futuro e temos a mesma pessoa há mais de 30 anos no poder, o que é um exemplo da necessidade de existir limitação de mandatos. Queríamos uma cidade com um desenvolvimento empresarial, que interagisse com a universidade e temos na nossa urbe, empresas com debilidades e bastantes com poucas perspectivas de aguentarem uma crise como a que vem aí. E como é óbvio, não havendo empresas fortes, não há grande interacção com a Universidade. Entretanto temos uma indústria muito forte na construção civil, temos algumas obras de vulto previstas para o Concelho e que “aguentarão o barco” até 2009, mas depois disso, não existe nenhuma previsão do que se poderá fazer por forma a evitar o desemprego neste sector.
Pretendíamos urbanizações de referência arquitectónica e temos uma cidade de Braga com um desenvolvimento urbano enorme mas com a tal visão quadrada do futuro, com a maior parte dos prédios ao bom estilo da “Porcalhota”, bons para servirem de dormitórios e sem trazer algo de novo para a arquitectura da cidade. A cidade foi sendo vítima de uma gestão imobiliária sem ordenamento, com várias situações polémicas como o caso do Carandá, das Parretas, das Andorinhas e casos mais recentes como o Vale de Lamaçães, a chamada Favela dos Ricos.
Queríamos um centro histórico requalificado e com a harmonia necessária mas muito está por fazer e temos um centro que apenas tem vida durante o dia.
Queríamos uma maior actividade cultural e uma cultura aberta a todos, pobres e ricos. Mas continua-se a pensar apenas nos espectáculos do Theatro Circo e pouco mais. Não há uma aposta séria em eventos que tragam vida à nossa urbe e que atraíam turistas portugueses e estrangeiros.

Assim, não concedendo qualquer benefício de dúvida a um Plano que se limita a repetir intenções sucessivamente repetidas, esperamos no entanto, no período de um ano, avaliar as concretizações que Vossas Excelências apresentam.

Manuel Beninger
Grupo Municipal do P.P.M.
na Assembleia Municipal de Braga

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Jornal Diário do Minho: Oposição unida contra Plano que esqueceu as Sete Fontes

As Opções do Plano e Orçamento para 2008 conseguiram unir toda a oposição nas criticas à gestão do executivo de Mesquita Machado. A principal linha de ataque foi de que se trata de um conjunto de promessas tão repetidas quanto adiadas, em que o rio Este, o Parque da Ponte, o prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade e o esquecimento do Monumento Nacional das Sete Fontes foram os pontos principais. Na votação, vários presidentes de Junta desalinharam da Coligação, com alguns a absterem-se e outros e votaram a favor.

A primeira intervenção sobre o Plano coube a Manuel Beninger, do PPM, que o classificou como “um acervo de lugares comuns e promessas douradas para qualquer cidade do país”. “Pintaram e repintaram a dama para ela se parecer formosa no dia do casamento, esquecendo-se de que de bela já tinha pouco”, ilustrou, acrescentando que este “se limita a copiar quase tudo, como se de fotocópia em fotocópia em fotocópia se tratasse dos planos anteriores”. “Agora, parece que vai ser tudo feito em 2008”, exclamou.

No mesmo sentido, Acácio Brito, do CDS/PP, afirmou que “só em exercício de pura magia é que a grande aposta já não é fazer de Braga “capital europeia da cultura”, mas “capital permanente da Cultura” e lamenta “a tardia revitalização do Parque da Ponte, um espaço fantástico que foi votado ao abandono”.

Igualmente critico foi Carlos Almeida, da CDU, que considerou que o Theatro Circo “não é e devia ser um pólo aglutinador e despoletador da dinâmica cultural de Braga”, o Plano também “nada diz sobre as ruínas do Teatro Romano”, sendo que “o desenvolvimento cultural exige uma politica que apoie a reanimação de grupos amadores, pequenas colectividades e associações”.

Entre muitas outras, o deputado comunista defendeu que a revitalização habitacional do centro “deveria ser a prioridade da Câmara”, lamentando que o Parque Urbano das Sete Fontes tenha sido inscrito em 2003 por proposta do vereador da CDU, mas que o Retail Park o tenha atirado para as silvas”. As Sete Fontes tinham já sido trazidas ao debate pelo presidente da Junta de S. Victor, que considerou que “só por ignorância” o Plano não mencionou o facto de tratar de um monumento nacional e se limitar a apontar a “intenção de divulgação do Complexo das Minas de Sete Fontes…”. Firmino Marques mostrou-se, por isso, “disponível para visitar esta obra com os responsáveis da edilidade”.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Assembleia Municipal - Plenário: Plano e Orçamento

ORDEM DE TRABALHO
PONTO Nº 2 - PLANO E ORÇAMENTO

Como sempre o dissemos, e voltamos a reafirmar, o Plano de Actividades deve anunciar iniciativas realizáveis no exercício orçamental que se lhe segue, dando prioridade à resolução dos problemas que afectem o maior número de concidadãos.
É, mais uma vez, tão cândido o Plano apresentado que qualquer força crédula nas virtualidades da edilidade o poderia subscrever. As opções nele relatadas são um acervo de lugares comuns, de promessas douradas que qualquer cidadão gostaria de ter para qualquer cidade de Portugal ou de outro país.
Após um estudo aprofundado sobre o Plano apresentado pela Autarquia a esta Câmara, o mesmo nos apraz dizer:
Pintaram e repintaram a dama para ela se parecer formosa no dia do casamento, esquecendo-se de que de bela já só tinha pouco.
De facto, este Plano é um Plano sem inovação, sem ideias novas, sem alma, sem novidade e sem criatividade, que se limita a copiar quase tudo como que de fotocópia de fotocópia se tratasse de Planos anteriores.
Ou seja, nada de novo nos é aqui com entusiasmo apresentado, não existe um objectivo claro, não passando de conceitos muito vagos.
Veja-se o caso do Rio Este, que desagua de Plano em Plano sem resolução à vista.
Parece que vai ser em 2008.
Mas poderemos dizer mais:
Continuam a não apostar nas esculturas como meio de embelezamento das áreas urbanas, nos parques e novas zonas pedonais, ou seja, não está previsto nenhum embelezamento dos espaços a nível escultural.
O PPM veio nesta Câmara propor para que a Câmara Municipal de Braga cabimentasse no orçamento algum enriquecimento monumental, dotando a cidade e os parques existentes de estatuária de qualidade. Resposta à nossa solicitação? Ouvidos de mercador.
A nível de espaços verdes e jardins não há nenhum projecto arrojado neste Plano que a edilidade aqui propõem.
Para os Espaços Verdes e Jardins, mencionados na pag. 21 do respectivo Plano, estão referidas tão somente pequenas cosméticas e pouco mais que, segundo o texto, “plantações de árvores e arbustos em toda a área do municipio”. Muito pouco, ou seja, continuamos a não ter uma proposta para um jardim de raiz.
O PPM tentou este ano nesta Câmara, sensibilizar a CMB para a construção de um jardim com as características similares ao da Rua de Díu. Resposta à nossa solicitação? Ouvidos de mercador.
Quanto ao Parque da Ponte, esperamos que seja desta.
De facto parece que vai ser tudo em 2008.
Para o dia Mundial da Floresta, 21 de Março, o que vem proposto é tão somente distribuir arvores e arbustos à população. Fotocópia do que tem vindo a ser feito nos últimos anos. Seria contudo interessante integrarem como actividade paralela a esta a sensibilização à população para a necessidade de limpeza das matas para evitar os incêndios que tantas vezes assolam o nosso concelho.
Sobre o Parque Norte, que vem especificado no Plano, só relembramos que o Euro foi em 2004. Ou seja, caminhamos para os 4 anos da comemoração do evento, e os jardins do Parque Norte, nada. Esperamos, mais uma vez, que seja o próximo ano aquele que irá trazer, de facto, o famingerado jardim à cidade, ou como diz o texto, que esteja o jardim “para receber bem a população” pronto. Até lá, só por um canudo.
De facto parece que vai ser tudo em 2008.
Em relação aos deficientes, está dita muita coisa, mas o que se pode ver nesta cidade, muito mais se poderia ter feito, esperando que efectivamente o próximo ano seja o ano da mudança.
De facto parece que vai ser tudo em 2008.
2007 foi o Ano Internacional da Igualdade de Oportunidades, onde a Câmara Municipal de Braga poderia ter feito um brilharete. Como exemplo basta pensar nos tuneis e nas conhecidas pontes pedonais da Av. da Liberdade e da Rodovia, para percebermos que qualquer deficiente motor tem bastantes dificuldades em ultrapassar estes obstáculos.
Pensar que os deficientes ficam servidos com passagens superiores e inferiores sobre auto-estradas citadinas, é castrante. Nesta matéria, a Câmara Municipal de Braga deveria repensar, por exemplo, na política dos passeios. É que os deficientes motores muitas vezes são confrontados com variadissima sinalétiva vertical, de tal modo que lhes é vedado o andar sobre os mesmos passeios.
Neste Plano, sobre o Turismo, só e apenas 2 páginas. Nada do que foi aqui apresentado nos choca, mas achamos que é bastante redutor e pouco arrojado, para a cidade que queremos ser e queremos ter.
Poderia a CMB apostar nas novas tecnologias, e criar por exemplo, um serviço de guia turístico virtual, um aparelho tipo hi-pood em várias linguas, onde os turistas poderiam alugar o tal aparelho pelo período de visita à cidade. Seria de todo interessante para a municipio.
Sobre o problema dos arrumadores de carros que abundam na nossa cidade, nem uma palavra neste Plano para 2008.
Procuramos nas rúbricas Acção Social, nada. Na rúbrica Saúde, nada. Tentamos na rúbrica Ambiente, também nada. Na rúbrica Polícia Municipal, o resultado foi o mesmo, nada.
O PPM propôs a esta Assembleia Municipal que o municipio camarário efectuasse um levantamento das zonas onde os arrumadores actuam, e também de saber o seu universo, com vista a um encaminhamento social futuro, implementando as estratégias e parcerias adquadas para a resolução deste grave problema social.
Resposta à nossa solicitação? Ouvidos de mercador.
Ficamos sem saber se a Câmara irá solicitar a força policial para acabar com os arrumadores de carros, como defendido pela bancada do partido socialista, ou se irá tapar os olhos com a peneira e deixar que este problema tome dimensões maiores.
De facto, parece que vai ser tudo em 2008.

Senhor Presidente,
Senhores Deputados
Senhoras e senhores:

Assim, não concedendo qualquer benefício de dúvida a um Plano que se limita a repetir intenções sucessivamente repetidas, esperamos no entanto, no período de um ano, avaliar as concretizações que Vossas Excelências apresentam.

Tenho dito.
Manuel Beninger
Grupo Municipal do P.P.M.
na Assembleia Municipal de Braga

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Assembleia Municipal - Plenário: Plano e Orçamento

ORDEM DE TRABALHO
PONTO Nº 1 - PLANO E ORÇAMENTO

Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Braga
Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal
Ex.mos Senhores Vereadores
Ilustres Deputados Municipais
Senhoras e senhores

Em nosso entender, o Plano de Actividades, deve anunciar iniciativas realizáveis no exercício orçamental que se lhe segue, dando prioridade à resolução dos problemas que afectem o maior número de concidadãos.
É tão cândido o Plano apresentado que qualquer força crédula nas virtualidades da edilidade o poderia subscrever. As opções nele relatadas são um acervo de lugares comuns, de promessas douradas que qualquer cidadão gostaria de ter para qualquer cidade de Portugal ou de outro país, país esse com graves fracturas e desequilíbrios no desenvolvimento.
De todo o texto, a única “notícia” que a realizar-se induzirá futuro para os jovens, será o resultado do anunciado Instituto Internacional de Investigação Cientifica e Desenvolvimento Tecnológico, iniciativa aliás do governo central.
Como a nossa posição, do Partido Popular Monárquico, não é a de “mal dizer por mal dizer”, correndo o risco de não ser aproveitado qualquer das nossas sugestões, ousamos sugerir à Câmara Municipal de Braga que cabimente no orçamento algum enriquecimento monumental, dotando a cidade e os parques existentes de estatuária de qualidade, que contribua para o embelezamento dos espaços verdes e anuncie alguma preocupação cultural, para que não se quede nas poucas e habituais iniciativas que a edilidade pretende que sejam manifestações culturais.
Quanto à peregrina ideia que Braga é uma cidade europeia com melhor qualidade de vida, julgamos que fundada num “estudo” à anos publicitado, interessar-nos-ia saber se o conceito de qualidade de vida que funda este pomposo anúncio é avaliado pelo crescimento contínuo de urbanizações e urbanizações, ou pelo contrário, procura o equilíbrio e a harmonia geracional, propondo a todos um espaço citadino cujo módulo é sempre a pessoa humana.

Senhor Presidente,
Senhores Deputados
Senhoras e senhores:

O plano de Intenções que Vossas Excelências se propõem, afigura-se-nos irreal, pois como Vossas Excelências informam, as opções do governo são opções de contenção e pela leitura deste Plano e Orçamento, fica-se com a ideia de que o Município de Braga abunda em meios financeiros, ao arrepio do entendimento que o cidadão comum entende que a nossa Câmara está prestes de atingir a rotura financeira, mercê das magalomanas obras efectuadas com as respectivas derrapagens financeiras.
Assim, não concedendo qualquer benefício de dúvida, esperamos no período de um ano, avaliar as concretizações do Plano que Vossas Excelências apresentam.

Tenho dito.

Manuel Beninger
Grupo Municipal do P.P.M. na Assembleia Municipal de Braga